Sua Tristeza é Minha Alegria?
Alimenta-nos de manhã com o Teu amor, até ficarmos satisfeitos, para que cantemos e nos alegremos a vida inteira. Salmo 90:14
Hoje fui a uma festa de aniversário. Quando fui convidado, fiquei todo empolgado. Festas de aniversário significam docinhos, bolo, sucos e muita alegria. Claro que preciso dizer que o convite para a festa era mais para meus filhos do que para mim. O aniversário era da Dhanna. Ela estava fazendo dois aninhos e foi muito legal poder me alegrar com a família por mais essa bênção de Deus.
Como tenho dois filhos, eu e minha esposa dividimos as tarefas. Cada um cuida de um filho e, claro, com revezamento entre eles. Quando cuidava do mais velho, o vi brincando com outras crianças no parquinho. O parquinho tinha um escorregador. Embaixo dele, uma balança e, um pouco mais afastado, um roda-roda. Tudo corria às mil maravilhas, até que percebi que em alguns momentos uma criança se estranhava com a outra. Embora os casos e as crianças se alterassem, havia um padrão nos problemas. A alegria de um dependia da tristeza do outro. Estranho, mas esse era o padrão. Quando um queria subir no escorregador e via que tinha fila, tentava furar. Quando conseguia por força ou por agilidade, alguém chorava. Um queria o roda-roda rápido e o outro, devagar. Um ficava feliz e o outro, não. O balanço era um caso à parte. A cada momento um problema diferente.
Será que a vida é um parquinho de diversões, onde, como crianças, buscamos nossa alegria sem nos importarmos com a tristeza dos outros? Talvez o vestibular possa lançar luz sobre essa questão. Com certeza, você já viu reportagens na televisão em que dezenas de “calouros” participam do famoso trote. Hoje, em alguns estados, ele é proibido por lei por causa dos excessos feitos no decorrer dos anos. Mas a comemoração é símbolo de alegria, festa, vitória. O que talvez fique fora dos nossos olhos são os milhares de vestibulandos que estão tristes porque não passaram. Felicidade de uns, tristeza de muitos.
Por isso, torno a perguntar: esse é o padrão humano de busca de felicidade? Quando alguém vence, todos os outros precisam perder. Esse é o padrão humano? Acho que sim, desde que o pecado entrou no mundo. Esse padrão é contrário ao do Céu. No Céu, há lugar para todos. Ali todos chegam em primeiro lugar, porque todos têm os mesmos méritos, os de Cristo!